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Em seu discurso na COP27 nesta quarta-feira (16), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que seu governo reforça o compromisso de acabar com o desmatamento até 2030.

“Não há segurança climática para o mundo sem uma Amazônia protegida. Não mediremos esforços para zerar o desmatamento e a degradação de nossos biomas até 2030, da mesma forma que mais de 130 países se comprometeram ao assinar a Declaração de Líderes de Glasgow sobre Florestas”, disse.

O Brasil foi um dos países signatários da Declaração do uso de Florestas e Terra dos Líderes de Glasgow da COP26, em 2021, que afirma o compromisso total com o reflorestamento e a preservação florestal até 2030.

Lula também afirmou que “o combate à mudança climática terá o mais alto perfil na estrutura do próximo governo”, sem revelar o nome do futuro ministro ou ministra do Meio Ambiente.

Agenda climática será prioridade e agronegócio aliado estratégico do governo

Lula também garantiu que, em seu governo, a agenda climática será prioridade e o agronegócio será um “aliado estratégico”.

Lula defendeu a geração de riqueza sem alteração do clima e a exploração responsável da biodiversidade da Amazônia.

“Vamos provar que é possível promover crescimento econômico e inclusão social tendo a natureza como aliada estratégica e não mais como inimiga a ser abadida a golpes de tratatores ou motoserras”, disse.

O presidente eleito afirmou que a “produção agrícola sem equilíbrio ambiental deve ser considerada uma ação do passado”.

“A meta que vamos perseguir é a da produção com equilíbrio, sequestrando carbono, protegendo a nossa imensa biodiversidade, buscando a regeneração do solo em todos os nossos biomas, e o aumento de renda para os agricultores e pecuaristas”, colocou.

“Estou certo de que o agronegócio brasileiro será um aliado estratégico do nosso governo na busca por uma agricultura regenerativa e sustentável, com investimento em ciência, tecnologia e educação no campo, valorizando os conhecimentos dos povos originários e comunidades locais”, acrescentou.

*Carolina Cerqueira, da CNN, contribui com esta reportagem

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