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Estrearam nesta quarta-feira (4) dois nomes importantes do esquema armado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para dizer que o governo não é só do PT. O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) tomou posse também como ministro da Indústria e do Comércio. E Marina Silva como a titular do Meio Ambiente.

Em longos discursos ambos falaram de coisas sobre as quais reina um amplo consenso. Recuperar a importância da indústria no PIB do país, no caso de Alckmin. Sim, é fácil entender que um país como o Brasil nunca será forte sem uma indústria forte.

Mariana falou da promoção de uma ampla agenda ambiental, combatendo em primeiro lugar as ilegalidades na Amazônia. É fácil entender também que um país como o Brasil só se manterá como grande potência agrícola se investir em sustentabilidade. E só será respeitado internacionalmente se voltar a ser uma voz importante no combate às mudanças climáticas.

As palavras são bonitas e os símbolos poderosos, coisa importante na política. Mas a mesma política ensina que discursos e símbolos dependem de mão na massa, ações claras e bem conduzidas, governadas por uma visão integrada.

Ou seja, de uma estratégia – que significa, no mínimo, dizer o que pretendo alcançar em qual prazo de tempo. Senão fica a impressão de que Lula soube ganhar a eleição, mas ainda não sabe o que fazer depois.

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