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A ministra da Cooperação Econômica e Desenvolvimento da Alemanha, Svenja Schulze, anunciou nesta segunda-feira (30) uma doação da ordem de 200 milhões de euros, mais de R$ 1 bilhão de reais, para projetos de conservação de florestas e contenção de mudanças climáticas nos primeiros 100 dias do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

De acordo com Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, parte desse recurso será usado para o combate à fome dos Yanomami.

“Os recursos do Fundo Amazônia serão deslocados para ações emergenciais. Essas ações emergenciais estão sendo tratadas em vários níveis que envolvem desde as questões de saúde, o tratamento ao problema da grave situação de fome que está assolando essas comunidades, a parte de segurança para que essas pessoas possam ficar em suas comunidades”, afirmou a ministra.

Marina se reuniu com a ministra alemã em Brasília, na manhã desta segunda, para tratar da cooperação entre os dois países em projetos como o Fundo Amazônia.

“Esses recursos estarão sendo tratados na forma de projetos específicos e sobretudo recursos para o Fundo Amazônia que é a forma mais rápida de acessá-los”, disse Marina.

Do montante, 35 milhões de euros devem ser destinados para o Fundo Amazônia, projeto do qual Svenja Schulze também faz parte e que foi suspenso durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).

Em apoio aos estados da região amazônica, já foi feito um aporte de 30 milhões de euros para administração, junto ao governo federal, no combate ao desmatamento e desenvolvimento sustentável para a região e atendimento às populações tradicionais. Além disso, 28 milhões de euros serão destinados a pequenas e médias empresas.

Para agricultores que buscam reflorestar suas áreas, 80 milhões de euros para empréstimos devem ser enviados ao Banco do Brasil como linha de crédito com baixas taxas de juros.

Marina afirmou que busca parcerias “que nos ajudem a fazer com que o Brasil cumpra com os seus compromissos no âmbito do acordo de Paris, de alcançar o desmatamento zero em 2023, de fazer a desintrusão das terras indígenas, para tirar desse quadro terrível e de ter uma agenda positiva para o desenvolvimento sustentável”.

Segundo Marina, o Brasil quer potencializar projetos de bioeconomia, economia de baixo carbono e abrir os mercados internacionais para produtos de base sustentável. A ministra alemã afirmou que as relações passaram por “anos difíceis” mas que “estão de volta”.

(Publicado por Gustavo Zanfer, com informações de Pedro Nogueira e Ana Patrícia Alves)

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