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Explorar petróleo no litoral da Amazônia causou um racha político severo e importante no governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Conforme noticiado, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) negou à Petrobras uma licença sequer para pesquisar a área em questão.

Isso levou o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (AP), a deixar o seu partido, o Rede Sustentabilidade, fundado pela atual ministra do meio ambiente, Marina Silva.

Nada enfurece mais os setores do ambientalismo, ao qual pertence Marina, do que dar força a combustível fóssil numa área como a Amazônia.

Nada enfurece mais parlamentares da região, governadores e dirigentes da Petrobras do que uma oportunidade perdida de explorar uma bacia onde já estão franceses e britânicos.

Marina riscou uma linha no chão: diz que não recua e não quer exploração de petróleo ali. Lula disse aos políticos da região que não vai tolerar a proibição do Ibama.

Não é uma decisão fácil. A imagem de bom moço de Lula para os ambientalistas lá fora depende em medida larga também desta figura-símbolo que é Marina Silva.

Os homens fortes da área em questão são também políticos fortes no centrão e articuladores de apoio essencial a Lula na Câmara e no Senado.

Lula vai ter de escolher em qual fita vai querer ficar bem.

As opiniões expressas nesta publicação não refletem, necessariamente, o posicionamento da CNN ou seus funcionários.

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