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A embaixadora do Reino Unido no Brasil, Stephanie Al-Qaq, disse à CNN que pediu o apoio do Rei Charles III para tentar obter mais financiamentos privados para a preservação da floresta amazônica.
“Eu já falei com o rei várias vezes sobre a necessidade de mobilizar mais financiamento privado (para a Amazônia). Como Londres é o centro financeiro do mercado verde, eu acho que, com o apoio do Rei, a cidade seria um lugar muito importante para o Brasil buscar os investimentos privados que vai necessitar para enfrentar a situação (de combater o desmatamento)”, disse ela.
O rei Charles III é um respeitado ambientalista, dedicado ao setor há décadas. Ele já se engajou pessoalmente com a questão da Amazônia diversas vezes, inclusive após ter assumido o trono.
Nas duas últimas ocasiões, ele recebeu o governador do Pará, Helder Barbalho, para uma reunião privada no Palácio de Buckingham onde discutiram projetos de defesa da floresta. O monarca também conversou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o tema e agradeceu um convite para comparecer à COP 30, a Cúpula Mundial do Clima, que será realizada em novembro de 2025, em Belém.
A embaixadora diz que o governo britânico pretende apoiar o país durante a realização da COP 30. “Temos muita vontade de ajudar, porque esse vai ser um ‘copão’. Vai ser um ‘copão’ na Amazônia”, brincou a embaixadora, reconhecendo a importância simbólica da realização da cúpula numa das regiões mais importantes do mundo para o combate às mudanças climáticas.
Al-Qaq lembrou que o Reino Unido já é o terceiro maior parceiro do Brasil no financiamento climático. Nos últimos sete anos, o governo britânico investiu R$ 1,6 bilhão (equivalente a 260 milhões de libras) no país por meio do Financiamento Internacional para o Clima.
Além desse valor, o primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou mais R$ 500 milhões (ou 80 milhões de libras) para o Fundo Amazônia, criado com verbas estrangeiras para financiar ações de preservação da floresta.
A embaixadora também deixou claro que o Reino Unido, que tem o combate às mudanças climáticas como uma prioridade de sua política interna e externa há quase uma década, não pretende interferir na forma como o Brasil pretende utilizar esses recursos.
“O nosso ministro das Relações Exteriores (James Cleverly) deixou claro (quando visitou Brasília, em maio) que estamos apoiando a visão do Brasil nessa área. Não estamos lá para dizer como o Brasil deveria fazer esse enorme trabalho, esse enorme desafio (de preservação da Amazônia). Vamos trabalhar juntos com a visão do Brasil de identificar uma economia sustentável para as pessoas que estão morando na floresta, para mostrar que ela vale mais em pé do que desmatada”, disse.
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