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Ameaçada pelo desmatamento e pelo garimpo ilegal, a conservação da Floresta Amazônica ganha fôlego com a ajuda da tecnologia. O Instituto Nacional de Pesquisas Especiais (INPE) monitora o bioma há mais de trinta anos com satélites e, agora, investe cerca de R$ 500 milhões no desenvolvimento de novos equipamentos para observar a região mesmo com mudanças bruscas de temperatura.

Segundo Antonio Carlos Pereira, pesquisador do INPE e coordenador da Área Espacial do Programa Cbers, “esse novo projeto visa desenvolver um satélite com uma tecnologia diferente dos satélites anteriores. Os anteriores eram ópticos, ou seja, faziam imagens com câmeras ópticas e agora vem um satélite com tecnologia radar, SAR. Qual a grande vantagem em relação à tecnologia anterior? Permite que faça o engajamento independente das condições climáticas”.

VÍDEO – Fundo Amazônia já beneficiou mais de 300 projetos

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A conservação da floresta vai além dos satélites. Na comunidade indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, os drones são responsáveis por monitorar uma área de 1.867.117 de hectares, garantindo mais segurança a quem faz esse trabalho.

“Quando a gente resolve optar pelos drones, foi muito no sentido de preservar a vida da gente e dos indígenas. Ajuda a gente principalmente a ter segurança física, você não precisa mais se expor”, reforça Neidinha Suruí, ativista da Kanindé Povos Nativos.

Além do monitoramento e conservação, novas técnicas também ajudam economicamente os moradores da região. Observando uma demanda crescente por açaí, a Embrapa criou um sistema que ajuda no manejo correto do fruto típico do norte do país, como explica o engenheiro florestal José Antônio Leite, “a empresa previu que isso (o cultivo e colheita) ia aumentar, que o impacto ia ser muito grande e nós realizamos estudos e apresentamos uma recomendação de manjo de açaizal que consegue manter a diversidade da floresta e aumentar a produção de frutos”.

No meio da floresta densa, outra janela se abre para o futuro. Técnicos do Instituto Nacional de pesquisas da Amazônia (Imazon) trabalham num projeto que simula como o bioma deve estar em trinta anos. Colocando gás carbônico nas plantas, eles querem saber de que forma esse processo afeta a região. O investimento é de R$ 77 milhões.

“Entender o futuro da Amazônia passa, em grande parte, por entender como ela vai responder pro gás carbônico. A gente sabe que isso tá aumentando, vai continuar aumentando. Então, é fundamental testar. A floresta vai usar esse carbono para crescer mais? Ela vai ficar mais resistente às secas?, comenta Alberto Quesada, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

Todas essas medidas ajudam a proteger o bioma e diminuir índices negativos. No último semestre, o desmatamento na região caiu 42,5%, de acordo com o INPE.

Veja também: Amazônia é nossa proteção contra mudanças climáticas, diz pesquisadora à CNN

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