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Para quem vai ao Festival de Parintins, a experiência não se resume apenas às apresentações folclóricos dos bois Caprichoso e Garantido. É que além do espetáculo visual e musical que atrai milhares de turistas todos os anos, a cidade tem outra atração que promete conquistar os visitantes: sua culinária tradicional, que oferece uma imersão ainda mais profunda na cultura amazônica.

Em vários pontos da cidade, há restaurantes, lanchonetes e pequenas bancas de comida ao longo das ruas com as famosas rosquinhas de crueira, tacacá ou um peixe assado que complementam perfeitamente a energia do festival.

Pela manhã, as cafeterias regionais atraem uma multidão de turistas e parintinenses. A pedida é a crueira, uma espécie de rosquinha ou bolinho frito. A massa é feita com mandioca triturada e prensada no tipití (utensílio típico de fibras) e peneirada. O que fica na peneira vai virar farinha, mas o que sobra se transforma na tradicional crueira.

Na ilha, a hora do almoço é sinônimo de um bom peixe. O acari, conhecido popularmente no Amazonas como bodó, pertence à família dos bagres e é um peixe facilmente encontrado nos rios e igarapés do estado, apesar de não ser um peixe tão famoso e consumido em outras cidades, em Parintins ele reina absoluto como favorito entre a população.

O tacacá, outro destaque da culinária de Parintins vai muito bem no fim da tarde. O caldo tem sabor marcante e une o famoso tucupi, um líquido extraído da raiz da mandioca, que é cozinhado por até cinco dias, com folhas de jambu, que garantem a dormência da língua, camarão e goma de mandioca. Na Ilha Tupinambarana, o visitante vai encontrar diversas barracas que vendem tacacá espalhadas pelas ruas, e que são sucesso entre turistas que sonham em experimentar os sabores regionais.

Na madrugada, a parada obrigatória é pra comer um sanduíche que caiu no gosto de quem vai pro festival. Feito com pão bola, queijo, presunto, alface, tomate, pepino, repolho, batata palha e no papel principal o ovo, o X-pio é o mais procurado da cidade. O sanduíche foi criado por Paulo César Luz, na década de 90, com o intuito de vender um lanche barato para a população parintinense. Depois de 30 anos, a tradição continua forte na família, que ainda tem o X-pio como o carro-chefe da casa.

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