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O corpo do jornalista britânico Dom Phillips foi cremado no cemitério Parque da Colina, em Niterói, na região metropolitana do Rio de Janeiro, neste domingo (26).
Por volta das 10h30, a esposa de Dom, Alessandra Sampaio, e a irmã dele, Sian Phillips, fizeram um pronunciamento em nome de toda a família.
Sian começou falando sobre o amor do irmão pelo Brasil e elogiou o trabalho dele como jornalista. Ela disse que Dom foi morto “por tentar contar ao mundo o que acontecia com a floresta e seus habitantes”.
Alessandra Sampaio, esposa de Dom, agradeceu o apoio que a família recebeu de pessoas de todo o mundo desde o início do caso e também sobre seu amor pelo país.
“Hoje, Dom será cremado no país que amava, seu lar escolhido, o Brasil. O dia de hoje é de luto. Dom era uma pessoa muito especial, não apenas por defender aquilo que acreditava como profissional, mas também por ter um coração enorme e um grande amor pela humanidade”, disse ela.
Alessandra também reforçou que a família segue acompanhando os desdobramentos do caso.
“Seguiremos atentos a todos os desdobramentos das investigações, exigindo justiça no significado mais abrangente do termo. Renovamos nossa luta para que nossa dor e a da família do Bruno Pereira não se repita, como também a de outras famílias de jornalistas e defensores do meio ambiente que seguem em risco” reforçou Alessandra.
O caso
O jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira Araújo foram considerados desaparecidos a partir do dia 5 de junho, na região do Vale do Javari, área de terras indígenas no Amazonas.
Após o caso ganhar repercussão, diversas figuras públicas, ambientalistas, ativistas, artistas e políticos de oposição foram a público cobrar providências urgentes para a busca da dupla.
Um dos principais suspeitos pelo desaparecimento, Amarildo Oliveira da Costa, conhecido como Pelado, confessou ter participado do assassinato da dupla mais de uma semana depois.
Ele e seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira, 41, o “Dos Santos”, estão presos suspeitos de terem participado do crime. Já Jeferson da Silva Lima, chamado de “Pelado da Dinha”, foi detido por suspeita de ter participado da ocultação dos cadáveres. Outras cinco pessoas foram identificadas como atuantes na ocultação dos corpos de Bruno e Dom.
Amarildo então indicou onde teria enterrado os corpos da dupla, e a polícia confirmou a existência de remanescentes humanos no local.
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