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Em entrevista exclusiva à CNN, a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva avaliou o discurso do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na COP27. Além disso, disse que o Brasil busca chegar ao “desmatamento zero”, ao mesmo tempo em que fornecerá alternativas para o desenvolvimento econômico.

“A solidariedade com os mais vulneráveis deve ser a tônica da liderança brasileira dentro dos espaços multilaterais. E o Brasil tá dizendo que vai liderar pelo exemplo: nós vamos reduzir o desmatamento, queremos chegar ao desmatamento zero e apresentando uma alternativa para o desenvolvimento econômico, na indústria e na agricultura“, pontuou.

Sobre a fala de Lula durante a Conferência, a deputada eleita destacou que estava “à altura do que a comunidade internacional estava esperando: compromisso com enfrentamento da mudança climática, combate ao desmatamento para chegar ao desmatamento zero, mas combinando tudo isso com a necessidade da segurança alimentar”.

Marina Silva também disse que diversos países e organizações internacionais estão interessados em auxiliar o Brasil na questão ambiental. Ela destacou, então, que Noruega e Alemanha “já têm interesse em desbloquear” recursos do Fundo Amazônia, cobrando que o atual governo de Jair Bolsonaro (PL) atue em favor de novos aportes de recursos.

“Nós queremos cooperação, apoio, mas repito: o Brasil não está condicionando proteger suas florestas a que nos paguem para isso, mas óbvio que o Brasil vai cobrar de que esses recursos sejam aportados”, advertiu, acrescentando que é necessário substituir o modelo predatório por um sustentável.

Sobre a possibilidade de ser indicada ao Ministério do Meio Ambiente na nova gestão petista, Marina Silva apenas afirmou que é hora de “focar no trabalho” da transição de governos, “porque nós vamos fazer uma recuperação pós-guerra. Bolsonaro fez uma guerra contra a política ambiental”.

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