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Seis novas espécies de sapos da chuva foram descobertas nas encostas orientais dos Andes equatorianos, de acordo com um comunicado do Ministério do Meio Ambiente, Água e Transição Ecológica do Equador.

O ministério afirma que três pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Equador e do Instituto Nacional de Biodiversidade fizeram as descobertas nos Parques Nacionais Llanganates e Sangay do Equador, que protegem florestas montanhosas amazônicas ricas e ecologicamente diversas que se encontram nas encostas das montanhas.

O professor Santiago Ron, um dos três pesquisadores, disse à CNN na quarta-feira (26) que a descoberta de seis novas espécies de sapos levou quatro anos.

“A descoberta ocorreu durante várias expedições a lugares remotos nas florestas chuvosas amazônicas em 2008, 2015 e 2017. Depois disso, analisamos os dados e escrevemos a publicação”, disse ele.

Todas as rãs pertencem ao gênero Pristimantis, que inclui mais de 569 espécies que vivem ao norte do leste de Honduras e Panamá através dos Andes até a Bolívia, norte da Argentina e Brasil, de acordo com um estudo sobre a descoberta publicado na revista PeerJ. Ao contrário de muitos sapos, eles não dependem de corpos d’água para reprodução, pondo ovos em terra.

Ron disse que eles chamaram um dos sapos de “resistencia” (resistência) como uma homenagem aos defensores do meio ambiente que foram mortos na América Latina por defender a natureza. “Durante os últimos 10 anos, a América Latina tem sido a região mais perigosa para os defensores do meio ambiente”, disse ele.

Dada a falta de informações sobre as populações desses sapos da chuva, os pesquisadores recomendaram atribuir essas novas espécies à categoria Dados Deficientes na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza – um sistema para classificar espécies em alto risco de extinção, o ministério disse.

O Equador tem 669 espécies de anfíbios, tornando-se o terceiro país mais diversificado do mundo depois do Brasil e da Colômbia, disse Ron.

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