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O Ministério do Meio Ambiente culpa as mudanças climáticas sem precedentes e a intensidade do El Niño pelo aumento expressivo de focos de queimadas nos primeiros quatro meses do ano. A fala acontece dois dias depois da divulgação dos dados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Segundo o órgão, a situação mais preocupante é a Amazônia, que teve um aumento de 153% de focos de incêndios florestais nos primeiros quatro meses de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Em nota, a pasta de Marina Silva comentou as causas do problema.
“Os incêndios florestais no Brasil e em outros países da região, como Chile e Colômbia, são intensificados pela mudança do clima e por um dos El Niños mais fortes da história, que causou estiagens prolongadas em diversas áreas da Amazônia em 2023. O grave aquecimento registrado nos últimos meses provocou mudanças de padrão, como o avanço do fogo para áreas de vegetação nativa”, diz o comunicado da área técnica do ministério.
Na nota, o Ministério do Meio Ambiente afasta o desflorestamento como causa dos aumento de incêndios, ressaltando a queda de alertas de desmatamentos na Amazônia Legal, e apontou que apenas 9% dos incêndios no bioma aconteceram em áreas com desmatamento recente.
Segundo a pasta, 34% dos focos de incêndio na Amazônia no primeiro trimestre deste ano aconteceram em áreas de vegetação primária. O comunicado comparou os dados com o mesmo período de 2022, último ano da gestão anterior, em que 5% dos focos ocorreram em áreas de vegetação primária, e 21% em áreas com desmatamento recente, apontando para os altos índices de desmatamento na época em que Joaquim Leite estava à frente da pasta, como último Ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro.
Combate aos Incêndios Florestais
De acordo com a nota, os esforços da federação em combater os incêndios florestais focam nas Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Os responsáveis pelas ações e contratações de brigadistas são Ibama e ICMBio, órgãos fiscalizadores da pasta de Meio Ambiente.
Entre as ações de combate às chamas do governo Lula estão os Planos de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento (PPCD) na Amazônia e no Cerrado, lançados em 2023. A nota informa que planos para os demais biomas — Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal — estão em construção e serão lançados ainda este ano.
O Fundo Amazônia também está sendo usado para as ações dos Corpos de Bombeiros em todos os nove estados da Amazônia Legal. No informe, o Governo Federal também aponta para a importância de ações integradas com os Governos Estaduais para a prevenção e controle de incêndios florestais.
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