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Quatro ONGs brasileiras e 15 internacionais enviaram duas cartas abertas aos presidentes do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, e dos Estados Unidos, Joe Biden, cobrando medidas imediatas e concretas para a preservação do meio-ambiente e para o combate ao desmatamento ilegal na Amazônia e em outros biomas.
A carta das entidades brasileiras tem um foco mais político do que a das ONGs internacionais, que deram mais atenção a soluções técnicas e financeiras.
No primeiro documento, as organizações brasileiras afirmam que “a crise ambiental e a ameaça golpista andam de mãos dadas” no Brasil.Segundo as entidades, “as mesmas forças e os mesmos atores que bancaram ações terroristas no Brasil entre dezembro de 2022 e janeiro de 2023 são também responsáveis pelo desmatamento, pelas invasões de terras indígenas e pelo garimpo ilegal”.
A carta é assinada pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB), Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), Coalizão Negra Por Direitos, o Observatório do Clima e a Avaaz (uma entidade com sede central nos EUA).
Eles pedem, entre outras coisas, que o presidente Lula continue combatendo o garimpo ilegal e se comprometa a vetar “leis contrárias ao meio ambiente” em tramitação no Congresso.
Outra reivindicação é que o governo trabalhe para erradicar o racismo ambiental, garantindo o acesso universal das populações urbanas e rurais à moradia digna, à cidade, à terra, à água potável, ao saneamento básico.
No mesmo documento, as entidades exigem que os Estados Unidos respeitem a soberania do Brasil na Amazônia e fortaleçam as “leis para impedir a importação de produtos associados a qualquer desmatamento e degradação da Amazônia e de demais biomas brasileiros”.
Carta internacional
A carta das entidades internacionais, que incluem signatários como a Wildlife Conservation Society, o World Wildlife Fund (WWF) e a Wild Heritage, é muito mais técnica.
No documento, as entidades pedem que Lula se comprometa, por exemplo, a adotar políticas de rastreabilidade mais robusta de gado, soja, madeira e outras commodities importantes para mostrar que nenhum desses produtos em ligação com desmatamento.
Eles pedem também que o governo americano cumpra a promessa de destinar US$ 9 bilhões (R$ 47,1 bilhões) para conservar as florestas globais.
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