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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, se reuniu nesta terça-feira (28) com o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. Em coletiva de imprensa após o encontro, o americano afirmou que estão comprometidos em trabalhar com o Fundo Amazônia.

“Estamos comprometidos em trabalhar com o Fundo Amazônia, com outras entidades também. Temos o compromisso de trabalhar bilateralmente na área de desenvolvimento e pesquisa, ciência, novos produtos e possibilidades”, pontuou Kerry.

Silva celebrou a disposição dos EUA em contribuir com o Fundo, que já tem participação de Alemanha, Noruega e outros países. Esse foi um dos temas abordados pelos presidentes Lula e Joe Biden durante a visita do brasileiro aos Estados Unidos.

“Há muitas questões em jogo e riscos para a Amazônia, mas a verdade é que a floresta é fundamental e muito importante para a capacidade do mundo para atender aos objetivos mundiais [quanto ao clima]”, complementou o enviado especial, que também a classificou como “o teste para a nossa humanidade em muitas formas”.

Ainda de acordo com Kerry, a proteção da floresta também é essencial para que seja possível atingir o objetivo do Acordo de Paris de manter o aquecimento global abaixo de 1,5°C — o que muitos especialistas colocam em cheque que seja possível se não forem adotadas medidas mais drásticas pelos governos.

Ele também ressaltou a importância de Marina Silva nas discussões sobre clima e meio ambiente, sendo uma “líder respeitada no mundo inteiro, cuja liderança será essencial”. Além disso, disse que quer voltar ao Brasil para visitar a Amazônia.

“O que fará a diferença é o trabalho de todos juntos, cooperando e tentando encontrar uma base comum que nos una, que é a importância da Amazônia em si, mas também a importância dos povos indígenas, sendo respeitados, para que haja uma transição justa nos próximos anos. Tenho certeza que o Brasil estará na linha de frente na definição desse tipo de jornada”, acrescentou.

A ministra destacou que o grande desafio é combater os efeitos negativos da mudança do clima sem que seja criado prejuízo econômico e social. Assim, agradeceu o “empenho do governo americano” em dar prosseguimento com essa agenda.

“Reconhecemos que o Fundo Amazônia é um dos instrumentos para cooperação. Existem outros instrumentos multilaterais que podem ajudar a que façamos as reduções, criemos oportunidades, inclusive que valorizemos o instrumento econômico e de proteção do clima, que é a questão dos créditos de carbono”, adicionou.

Conforme a ministra explicou, um grupo de trabalho será atualizado “a partir daquilo que são as prioridades do presidente Lula e de Biden“, pontuando a bioeconomia, transição energética, proteção das florestas e cuidados com os povos originários.

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