O jornal “Libération” criticou, nesta terça-feira (7), a ausência do presidente francês Emmanuel Macron na Cúpula da Amazônia, que acontece em Belém, no Pará.

Segundo a publicação, o evento era uma questão crucial, que Macron parece desprezar. Ainda dizem que atitude do presidente contradiz seu próprio discurso.

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O líder francês já debateu várias vezes sobre os incêndios na região. A preservação ambiental do bioma também está no centro dos debates do acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.

Se tivesse ido para Belém, Macron seria apenas um observador. A Guiana Francesa — embora coberta em parte pela floresta — não é um país independente e por isso não faz parte da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).

Dos países que fazem parte do tratado, três presidentes não vieram. A baixa de última hora foi do venezuelano Nicolás Maduro, que cancelou o convite na segunda-feira (7) à noite.

A diplomacia venezuelana informou que uma infecção nos ouvidos impediria Maduro de participar dos debates da cúpula. No lugar dele, veio a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez.

Guillermo Lasso, presidente do Equador, já havia enviado um representante.

Complementa a lista dos ausentes o presidente do Suriname. Chan Santokhi tem interesse em explorar as reservas de petróleo encontradas recentemente na costa do país, que também ficam na margem equatorial.

No ano passado, Santokhi recebeu o então presidente Jair Bolsonaro (PL). Os dois discutiram formas de cooperação para projetos extrativistas de petróleo e gás no Suriname.

A cúpula lembrou dos maiores doadores do Fundo Amazônia. Noruega e Alemanha enviaram representantes, mas o Brasil não convidou os Estados Unidos, que em abril anunciaram uma doação de dois bilhões e meio de reais para o fundo — quantia que ainda não chegou oficialmente.

A CNN apurou com a diplomacia brasileira que representantes norte-americanos chegaram a se preparar para participar do encontro, mas abandonaram o planejamento com a falta do convite.

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