O presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, afirmou à CNN, neste sábado (30), que a licença para Petrobras realizar pesquisas na Bacia Potiguar não abre caminho para exploração na Foz do Amazonas.

Os dois pontos compõem a Margem Equatorial, que se estende do litoral do Amapá até o Rio Grande do Norte, com potencial de exploração de petróleo. Porém, para Agostinho, as duas áreas reúnem sensibilidades ambientais distintas.

Veja também — Análise: O dilema ambiental do governo na Foz do Amazonas

data-youtube-width=”640px” data-youtube-height=”360px” data-youtube-ui=”iframe_api” data-youtube-play=”0″ data-youtube-mute=”0″ data-youtube-id=”dCKOZ7cSoZ4″

“Difere em tudo. Já existe exploração de petróleo nessa região. No Rio Grande do Norte existe até refinaria. Na Margem Equatorial, temos áreas de exploração de petróleo no Rio Grande do Norte e no Ceará”, analisou.

Ao contrário da autorização para a Petrobras avançar nos estudos na Bacia Potiguar, o Ibama continua não identificando garantias para liberar a Foz do Amazonas.

“A viabilidade ambiental é avaliada em cada empreendimento. No caso da foz do Amazonas, a equipe está analisando todos os documentos apresentados pela Petrobras. É uma região muito sensível, pouco conhecida e com fortes correntes marinhas”, explicou.

O posicionamento do Ibama demonstra, no mínimo, um choque de expectativa com o que o Ministério de Minas e Energia aguarda dessa região.

À CNN, na sexta-feira (29), o ministro Alexandre Silveira, ministro da pasta de Minas e Energia, afirmou acreditar que a liberação na bacia no Rio Grande do Norte facilite os trâmites da exploração na Foz do Amazonas.

“A partir deste momento, temos a certeza de que os técnicos do Ibama poderão se dedicar, com ainda mais afinco, e avançar nos estudos das condicionantes necessárias para as pesquisas da Margem Equatorial também no litoral do Amapá”, destacou.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *