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A Polícia Federal (PF) informou na noite desta sexta-feira (17) que emitiu um mandado de prisão contra um terceiro suspeito de participar do assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Trata-se de Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. Segundo a organização, ele não foi localizado até o momento.

“A PF e a PC [Polícia] continuam envidando esforços na localização e prisão do elemento foragido. Solicita, ainda, àquele que tiver alguma informação que venha contribuir com as buscas, que comuniquem as autoridades imediatamente”, diz nota da PF.

Em novos depoimentos na madrugada desta sexta, de acordo com fontes da CNN na Polícia Federal, Amarildo da Costa de Oliveira, o Pelado, primeiro suspeito detido na investigação do desaparecimento confessou aos agentes que participou do assassinato da dupla. Inicialmente, Pelado alegava ter enterrado os corpos, mas negava ter atirado na dupla.

O suspeito também deu mais detalhes de como Dom e Bruno foram capturado pelos criminosos. Ele descreveu no depoimento obtido pela CNN que, com um comparsa, perseguiu de barco o indigenista e o jornalista até o local onde eles foram atingidos por tiros de espingarda. Dom e Bruno morreram com esses tiros.

De acordo com o depoimento, Pelado reforçou que o crime não foi premeditado e que não teve um mandante. Pelado disse ainda que estava com raiva do indigenista. Em oitiva, apontou que outras pessoas, moradores de uma comunidade próxima onde houve o crime, o teriam ajudado. Um ajudou a matar a dupla e outro a ocultar os corpos.

A União das Organizações Indígenas do Vale do Javari (Univaja), por meio de nota, reforçou a tese de que existe um grupo criminoso atuando em invasões “constantes” à Terra Indígena Vale do Javari, no Amazonas. Para a Univaja, há indícios que apontam que a organização, composta por caçadores e pescadores profissionais, estaria envolvida no assassinato de Pereira e Philips.

Ao todo, a PF investiga que ao menos cinco pessoas são suspeitas de participação no crime. Além de Pelado, também está preso temporariamente para investigação seu irmão, Oseney da Costa de Oliveira.

(Com informações de Kenzô Machida e João Malar Massa)

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